Mulungu 52 anos de História PARTE I
Hoje iremos conhecer um pouco mais sobre a história, o surgimento de Mulungu, essa simpática cidade serrana de pouco mais de 10mil habitantes e que esta prestes a apagar 53 velinhas de aniversário de emancipação política. Segundo os mais velhos, tudo começou no meado de século XVIII, quando romeiros vindos de todas as partes do Ceará, se aventuram subindo a serra a pé em verdadeiras caravanas eram centenas de fies, que partiam até a cidade de Canindé para os festejos de São Francisco de Assis. Como a viajem era longa e muito cansativa eles paravam no alto da serra para descansarem debaixo das árvores de sombra fresca. Muitas delas pés de Mulungu. Depois de alguns anos, esses mesmos fieis começaram a construir pequenas cabanas para se abrigarem das fortes chuvas que desabavam naquela época. Não demorou muito para que as cabanas se transformassem em casas e comércios, a primeira loja de varejo da cidade foi de tecidos que junto com o de carnes, frutas, verduras e cereais agitam o comércio no centro da cidade. Pronto! A vila de Mulungu estava criada. O povo precisava de um santo! Um padroeiro para abençoar e proteger a cidade, daí um padre que trouxe a primeira imagem de São Sebastião, que, até hoje traz centenas de fies todos os anos a cidade no mês de janeiro. A primeira capela em homenagem a São Sebastião foi construída há 113 anos, e reformada com o formato atual na década de 20, por Pe Suzanito, que, com idéias do modernismo, deu traços geométricos à arquitetura que até então era colonial. São Sebastião é tão querido pelos habitantes, que, em 1972 ganhou uma estatua de 14m de altura em sua homenagem. Com isso, mulungu ganhou mais duas particularidades sendo a única cidade no maciço com uma igreja de arquitetura modernista que tem como penitência uma escadaria enorme pela frente e a maior estatua de imagem sacra do maciço a terceira maior do estado. Voltando ao inicio, nas ultimas décadas do século XIV muitas famílias construíram casas em Mulungu, com a esperança de enriquecerem com a produção de café, mas, isso só durou ate meados da década de 30, pois, com a desvalorização do café, o preço do produto caiu e a maioria dos produtores faliu, partindo para outros tipos de comércio, como a produção de frutas, em especial a banana. Alguns anos depois Mulungu lutava pela sua independência, ter autonomia de Pacoti era prioridade nessa época. Depois de três tentativas fracassadas de libertação, no dia 14 de março de 1947, finalmente, Mulungu subia de distrito de Pacoti, Para cidade de Mulungu, com sua primeira eleição sendo realizada no ano seguinte, na qual foi eleito como primeiro prefeito de Mulungu o Sr. Hermenegildo Rocha Pontes e como vice o Sr. José Heitor Arruda Leitão. Daí em diante Mulungu andou com suas próprias pernas, com muitas idas e vindas como toda cidade pequena, mais sempre com a esperança e a fé em São Sebastião de que tudo vai melhorar. E melhorou, hoje somos reconhecidos pelo UNICEF (união das nações unidas para a infância) por cuidar muito bem de nossas crianças e adolescentes. Ou seja, temos uma administração que se preocupa com o futuro da cidade e com um olhar mais humano e solidário vem cultivado essa leguminosa que alimenta e da refugio a tantos que dela precisam.
HISTÓRIA DA CIDADE PARTE II
Suas origens remontam às décadas finais do Século XIX. A ocupação das terras do alto Maciço iniciou-se nas últimas décadas do século XVII em face das grandes secas que assolaram o Ceará. Habitantes do sertão foram obrigados a procurar refúgios nas serras, em busca da própria sobrevivência. Á semelhança dos povoados adjacentes, Mulungu experimentou o desenvolvimento com a introdução da cultura do café. Por volta do ano de 1824 mudas de café foram plantadas nos sítios Bagaço e Munguaípe. Sua formação gregária tem como precedentes modestos agricultores e sitiantes que buscavam na cultura do café e na perenização das vertentes sobreviver aos efeitos caniculares das longas estiagens. Evolução Política: A elevação do povoado à categoria de Vila provém do Decreto nº 29, de 23 de julho de 1890, tendo sido instalada a 11 de setembro do mesmo ano. Suprimida conforme Lei nº 550, de 25 de agosto de 1899, e restaurada na forma da Lei nº 602, de 6 de junho de 1900. Suprimida em segundo turno, conforme Lei nº 2.715, de 24 de setembro de 1929. Extinta, finalmente, consoante Decreto nº 193, de 20 de maio de 1931, e restaurada, na qualidade de Vila e Município simultaneamente, conforme Lei nº 3.556, de 14 de março de 1957. Igreja: Os primeiros indícios de apoio eclesial constam de uma capela cujo orago dedicou-se a São Sebastião, então sob o nome de São Sebastião do Mulungu e da respectiva Freguesia. A criação desta, consta de Provisão assinada por D. Joaquim José Vieira, Bispo de Fortaleza, tendo como data 7 de setembro de 1895.
HISTÓRIA DA CIDADE PARTE III
A cidade tem uma área de 103,80 quilômetros quadrados, limitando-se ao norte com Guaramiranga, ao sul com Capistrano e Aratuba, à leste com Baturité e à oeste com Caridade e Aratuba. Sua criação data do dia 23 de julho de 1890, tendo sua instalação no dia 11 de setembro do mesmo ano, sendo um desmembramento da cidade de Baturité. De Fortaleza até Mulungu são 114 km, com acesso pelas rodovias CE-060, CE-356 e CE-065. A população da cidade já passa dos 8 mil habitantes. O povo é simples e acolhedor. A terra dá bom café e são muitos os sítios que os cultiva por lá, sem esquecer-se dos antigos engenhos de cana-de-açúcar que ainda existem, produzindo a deliciosa rapadura característica. Com o crescimento do turismo nas regiões serranas, principalmente na serra de Guaramiranga, Mulungu vem oferecendo muitas opções em hospedagens e restaurantes temáticos. A cada dia que passa é mais uma pousada que aparece por ali, bom para o turista, bom para o mulunguense, com mais ofertas de emprego. Tudo isso vem acontecendo pela grande valorização da região, pelo clima agradável que somente por lá existe, sem contar, como já mencionado, com a tranqüilidade e anti-stress. Atrativos Naturais: Mulungu tem como atrativos naturais a serra em si, com seu clima agradável, suas paisagens, quedas d'água, piscinas e duchas naturais. Entre as maiores atrações, temos: as Cachoeiras do Coicó e da Santa Maria e a Barragem do Chicó; Os mirantes também são muito requisitados, de onde podemos ver a região serrana do Maciço de Baturité em meio a região sertaneja do Ceará, com visão das cidades de Canindé e Caridade, além assistir a um belo pôr-do-sol, tudo pelas vistas panorâmicas do Bonfim e Ladeira Nova. Mulungu conta ainda com a maior reserva de floresta úmida primitiva remanescente da serra, localizada no sítio Álvaro.
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